Dilma Rousseff se tornou, em janeiro de 2012, a presidente mais popular do Brasil pós-redemocratização, com aprovação de 92% (59% de ótimo ou bom e 33% de regular). Pouco mais de três anos depois, o índice não alcança dois dígitos e a petista está a duas semanas de um provável afastamento pelo Senado para a análise do processo de impeachment iniciar na Casa.
Ao longo dos últimos 63 meses, Dilma colecionou uma série de erros que ajudaram a deteriorar a imagem da primeira mulher eleita presidente da República. Com falta de habilidade para negociar com o Congresso e com o mau humor crescente das ruas ? sobretudo da classe média e do setor produtivo ?, Dilma cabala votos na esperança de escapar da cassação do mandato. Com a abertura do processo praticamente sacramentada, ela precisa do apoio de 28 para evitar a mudança definitiva do Palácio do Planalto.
Se o presente é desolador, o começo da trajetória foi mais do que alvissareiro. Setores importantes do país tinham implicância com o antecessor de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora o petista tenha encerrado o segundo mandato com 87% de aprovação popular, muitos o viam como alguém conivente com atos de corrupção, avesso à meritocracia e leniente com ditaduras africanas e socialistas, potencializado com as brigas que ele sempre mantinha com a imprensa, especialmente após a descoberta do mensalão.
Fonte: CB